7 de novembro de 2011

Diário dos mortos




Dia 6 (laau geek)
Meu relógio marcava 7:30 da manhã, eu já estava desesperada, afinal, mesmo sendo uma nerd super interessada em teorias de apocalipses zumbis, ainda era uma garota... Talvez a única garota da Terra que estava viva, esperando ajuda, no alto da torre. A essa altura, minhas mãos tremiam compulsivamente, as lágrimas rolavam pelo meu rosto... Olhei pela janela, e vi um caminhão se aproximando, em uma velocidade digna de Velozes e Furiosos, atropelando toda sorte de zumbis que se punham no meio do caminho. Por um momento pensei: quem são esses loucos? E me surpreendi quando vi um rosto familiar me olhando dentro daquele caminhão. Era ele, Carlos, a minha válvula de escape.
Com uma coragem surreal, ele desceu do caminhão e veio em direção à porta do meu prédio, com uma lança rústica em mãos, ainda me olhando... Um zumbi tentou atacá-lo, mas meu herói foi mais ágil e conseguiu sobreviver. Saí do apartamento, desci as escadas e o abracei... eu estava completamente gelada e chorava muito, e ele estava tão tranquilo, parecia até que aquilo era só uma fase de um jogo e logo mais teríamos pausa pro checkpoint e tudo acabaria. Ele segurou meu rosto aflito, me olhou nos olhos e disse: Calma, vai ficar tudo bem querida. Aquelas palavras me deram um choque de segurança e eu, sem pensar, o beijei. Não sei se fiz a coisa certa, mas naquela situação, eu não tinha mais nada a perder.
Subimos as escadas e saqueamos o apartamento. Digo saqueamos porque saímos do prédio armados até os dentes. Ele segurou minha mão e atravessamos a rua, entramos no caminhão. Eu estava com muita fome, perguntei se eles tinham algo comestível por lá, e ele me deu alguma coisa, que até agora não sei o que era, nem tive tempo de ver... Deitei no ombro do Carlos e curti a viagem no, agora nosso, caminhão quase sem combustível e sem rumo...

Continua..

Nenhum comentário: