14 de julho de 2012

Diário dos mortos - Dia 2 - Laau

 “Wake up, Grab a brush and put a little makeup” meu celular tocava freneticamente. “Bom dia, SOAD, já levantei!” Pus-me de pé ao lado da minha super organizada cama e meu primeiro pensamento foi: “Ah meu Deus, é hoje...” Olhei para o relógio, e fiz minhas obrigações.
Abri a porta de casa e o ar agitado da cidade de São Paulo tomou conta de mim... Peguei um táxi e, quando cheguei ao local da palestra de CG e desenvolvimento de jogos, quase morri. Digo isso porque havia tantas pessoas ali, de tantas partes do Brasil, mas fiquei aliviada porque consegui, por pelo menos uma vez na vida, não chegar atrasada para meus compromissos... Ah é, pude ter esquecido de comentar, meu nome é Laurene Okada e duas das palestras principais do evento seriam ministradas por mim!
Sentei na primeira fileira, mas parecia que todos os outros expositores estavam mais nervosos do que eu, pois andavam de um lado para o outro, esfregando as mãos, lendo e relendo os tópicos em seus tablets. Logo, um rapaz sentou ao meu lado, com um iphone em mãos, tratei de puxar assunto.
“E aí, nervoso?!”
“Nem um pouco, só esperançoso mesmo!”
“Nossa, pois eu também!” – doce mentira de primeiro contato, se eu colocasse chocolate em pó e leite em um copo e segurar, era capaz de eles virarem Nescau de tanto que minhas mãos tremiam!
“Quero muito conhecer Laurene Okada, já assistiu alguma palestra dela?” – Meio sem graça e pensando que ele estivesse brincando comigo, respondi:
“É claro que sim!” – Empolgado, ele continou a brincadeira:
“Nossa, é a primeira vez que vejo uma garota que programa, li sobre ela, e ela é tão nova... Por isso estou tão ansioso...” – Aquela situação estava mesmo engraçada, eu não estava acreditando que aquele garoto realmente não sabia quem eu era... Mas decidi continuar pra ver até onde ele iria...
“Hum... Eu assisti a todas as palestras dela, desde quando começou... Por isso não espero tanto por essa, estou mais ansiosa para assistir as palestras de um programador que veio da Bahia, li bastante sobre ele...”
“Por acaso ele seria o Carlos?”
“Sim!”
“Ah, então prazer, sou eu” – Ele me disse, entre sorrisos.
“Ah tá, já chega de brincadeiras, já não basta dizer que não me conhece e ainda fica dizendo que é o cara que eu ‘to’ louca pra assistir, me poupe, vou subir agora.” – Levantei irritada, subi ao palco e expus meu tema tranquilamente, sobre Desenvolvimento de jogos 3D com ferramentas open source. Ao acabar, sentei e não vi mais o nerd engraçadinho, não demorou muito e anunciaram o rapaz da Bahia, e adivinha quem sobe ao palco? Isso, ele mesmo, o “nerd engraçadinho”.
Morrendo de vergonha, assisti a palestra em silêncio, e, na hora do almoço, procurei por ele para me desculpar... Sentei ao seu lado e conversamos bastante. Depois de um bom tempo, expus o meu segundo tema e voltei para casa. O dia tinha sido muito cansativo, então, tomei um banho relaxante e dormi...

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